domingo, outubro 30, 2011

Chove...


Foto minha



Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.


 José Gomes Ferreira

 

sexta-feira, outubro 28, 2011

Um olhar


Foto minha

Olá cegonha, gosto de ti!
Há quanto tempo, te não via por aí!
Nem teus ninhos nos telhados,
Nem as asas pelos céus!
Olá cegonha! Que aconteceu?(...)

Carlos Paião

terça-feira, outubro 25, 2011

Momento de poesia com Agostinho Fardilha

Cláudio Manuel da Costa

(1729 -1780)



“É considerado o decano dos poetas mineiros e o mais atingido pela repressão à Inconfidência Mineira, pois suicidou-se na prisão. É um precursor pouco feliz do poema heróico brasileiro, mas, paralela e independentemente da Arcádia Lusitana, disciplina em terra brasileira a poesia gongórica num sentido da naturalidade e do enraizamento local que fez escola”.



Prestemos-lhe homenagem com os dois sonetos que se seguem

Mudam-se os tempos…despontam as saudades


I

Ainda jovem abandonei a terra
onde nasci. Recordo os verdes campos,
as cálidas noites por pirilampos
iluminadas; tudo a calma encerra!



E na Primavera? O colorido erra
p’lo suave odor das flores nos escampos.
E as noites cruzadas pelos relampos?
Eles anunciam paz e não guerra.



Já idoso e antes de sair desta vida
resolvi saciar meu coração.
Mas aldeia tinha sido ferida:


mudou tudo, até a fonte, onde irmão
e eu tomávamos a melhor bebida.
Qualquer mudança vale sim ou não?



Vocabulário
Escampo = descampado
Relampo = relâmpago

II





Nos meus verdes anos da mocidade
conheci uma jovem mui prendada,
em cujo rosto estava a Alma espelhada.
Nas conversas não havia maldade.


Elegante, cabelo cor de jade,
boquinha sempre pronta p´ra risada,
mas tanta alegria sempre assisada.
Ouro deste quilate é raridade.


Da terra estive muito tempo ausente.
Regressando, encontrei-a já idosa.
Enrugada, sim, mas graça presente.


A ordem natural é bem custosa
e dela sou vítima frequente:
mudança, não p´ra esta vida penosa.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

Imagens:internet

sábado, outubro 22, 2011

Um olhar


Foto minha

Com estes sinalizo as páginas de livros ao lê-los. A vida também é formada por "marcadores" de lágrimas ou sorrisos.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Um olhar


Foto minha

O país é um circo, a vida um espectáculo e agora querem-nos fazer de palhaços.

domingo, outubro 16, 2011

Dia Mundial da Alimentação


Foto minha

Há 10.000 anos o homem descobriu que a mistura de uma massa de trigo  moído com água descansada sobre uma pedra quente e coberta com brasa, resultou numa massa que saciava a fome.
Era o primeiro pão.
Por volta do ano 4.000 A.C. os Egípcios descobriram a fermentação que deixava os pães mais leves e macios e começaram a cozer a massa em fornos. Além de ser a base da sua alimentação, o pão era usado como pagamento e oferecido aos Deuses.
Com os egípcios, os gregos aprenderam a técnica que mais tarde foi passada aos romanos e então difundida por toda a europa.
Desde então  o pão passou a estar desde a mesa mais humilde até ao altar.
No entanto e por muito tempo a arte de fazer pão continuou como uma indústria manual e muitas vezes caseira.
Só a partir de 1920 as padarias começaram a ser mecanizadas.


(Pesquisa internet)

quinta-feira, outubro 13, 2011

Um olhar



Foto minha



Vemos aqui um montão de bocados de lenha, vulgarmente conhecidos por "achas", destinadas, em geral, a alimentar qualquer lareira ou forno caseiro.
Esta lenha - já um tanto trabalhada - trouxe-me à memória os toscos pedaços usados nos lares das aldeias, substituindo toda a espécie de caloríferos modernos. Assim acontecia na casa dos meus avós paternos, onde, nos dias invernosos e gélidos, passávamos o tempo sentados ao "lume", aquecendo-nos e deliciando-nos com o crepitar saído da fogueira. O fumo ia "curando" os enchidos dependurados em paus suspensos nas paredes da chaminé.
Um cenário rústico, mas maravilhoso, que jamais escapará à lembrança! Porém, por detrás do subconsciente residia a ânsia do regresso - estávamos, aqui, em gozo de férias - à bela e tropical terra de Angola, onde o clima, cálido, mas agradável, nos beijava docemente.

domingo, outubro 09, 2011

Recordando Plitvice (o paraíso das águas na Croácia)

O Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, de fabulosas paisagens, abriga no seu interior 16 lagos em diferentes altitudes, quase unidos por 92 deslumbrantes quedas de água. Ecossistema único e de enorme riqueza natural, está classificado como Património pela UNESCO



Fotos minhas

Vídeo meu

quinta-feira, outubro 06, 2011

Um olhar


Foto minha


I

Que tentadores são estes nabos!
O interior: ocos ou nutridos?
Fartos, parecem seios brasidos
de mulheres fogosas, quais diabos.

II

Cá, nabos há para variar
e até são origem de aforismo:
"cabeça (de) nabo", menos civismo;
"tirar...(do púcaro), bisbilhotar.

III

"Comprar nabos (em) seco",mor sangria;
"estás (como) o nabo", grande borracho;
com quantos "nabos" a conviver me acho.
nesta vida e talvez neste dia?


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

segunda-feira, outubro 03, 2011

Um olhar


Na calma envolvente desta paisagem bucólica espreguiça-se, pachorrento e dolente o rio, deixando que alguns tufos de relva se refresquem, aproveitando o dia quente outonal. Ao longe, a ponte vetusta olha complacente, o seu irreversível caminhar para a foz...

Foto minha

sábado, outubro 01, 2011

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha





Outubro leva-nos a Balasar;
uma donzela, p'ra salvar a honra,
trata d'uma alta janela saltar:
uma paralisia e não desonra
bafejaram a só Jesus amar;
rogou a cura; respondeu Maria:
o teu alimento é a Eucaristia.


Vocabulário
bafejar = auxiliar

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

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